Engenheiro capataz feliz trabalhando operar veículo manipulador de contêineres no pátio de contêineres de carga portuária para envio de importação e exportação

Os últimos anos foram marcados pela retomada da indústria naval e offshore após um longo período de estagnação. E isso só foi possível graças a modernização das frotas, assim como as encomendas de plataformas de produção, sondas de perfuração, navios, entre outras embarcações e recursos, encabeçadas em sua maioria pela Petrobrás após a descoberta do pré-sal. 

Fatos estes apontados pelo estudo sobre o ressurgimento da indústria naval no Brasil, realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Segundo o coordenador de Infraestrutura Econômica, Carlos Campos Neto, na pesquisa citada acima, a indústria naval e offshore é um setor produtivo que passou a fazer parte das estatísticas de crescimento do país.

A expansão em torno de 19,5% ao ano entre 2000 e 2012, somado a investimentos que superam os R$150 bilhões, ajudaram a consolidar o segmento no país.

Mas, apesar disso, existem alguns desafios que dificultam o fortalecimento desse mercado para além das fronteiras brasileiras, conforme a seguir. 

Planejamento e gestão

Problemas de gestão e planejamento nos grandes estaleiros, falta de capacitação da mão de obra, defasagem tecnológica, entre outros, são obstáculos latentes para a engenharia naval brasileira avançar rumo a competitividade internacional desejada.

Isso porque além de envolver altos custos, também interfere na programação de tarefas, planejamento de obras e cumprimento de prazos, fatores estes que implicam na falta de retorno econômico para novos investimentos e prejuízos enormes para o operador.

Falta de qualificação da mão de obra

O artigo “Trabalhadores a ver navios: reflexões sobre o mercado de trabalho na indústria naval na Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, escrito por Claudiana Guedes de Jesus e Robson Dias da Silva, aborda que, cada vez mais, os estaleiros têm exercido o papel de montadores de embarcações, ocupando a posição de elo central da cadeia e dependendo dos fornecedores à montante, especialmente da indústria siderúrgica, navipeças e de escritórios de projetos.

No entanto, mesmo que haja muitos empregos, a exigência nas contratações por sua complexidade é alta. Em outras palavras, a produção exige várias especializações e, além da formação técnica, é prioritário a experiência.

Integração da cadeia de suprimentos

Este é outro ponto que merece atenção, afinal, a capacidade de inovação e aprendizagem por meio da tecnologia e produção de embarcações cada vez mais eficientes, viabilizam a integração mais efetiva com os fornecedores e influenciam o fortalecimento da competitividade na indústria naval. 

Como superar os desafios? 

Em relação a carência de gestão e planejamento, o desenvolvimento de projetos padronizados de sistemas de produção é uma solução que pode levar mais agilidade e produtividade aos estaleiros.

No que se refere a escassez de qualificação da mão de obra, investimentos em treinamento e capacitação é um caminho para habilitar tecnicamente os trabalhadores, buscando adequar o recurso humano à demanda atual do segmento. Desta forma, será possível aprimorar processos, reduzir falhas e diminuir custos da indústria nacional.

É necessário adotar boas práticas que possam viabilizar a integração da cadeia de suprimentos nos principais pontos estratégicos onde esse mercado opera e, com isso, melhorar o desempenho competitivo da indústria naval.

Também é importante prever a demanda para a composição de bons estoques, monitorar os indicadores de desempenho e reduzir a burocracia ao longo da cadeia de distribuição.

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