A busca por recursos petrolíferos têm impulsionado o desenvolvimento de técnicas e estratégias inovadoras no setor de petróleo e gás. Dessa forma, a ampliação da vida útil de campos maduros tem se tornado prioridade, permitindo extrair o máximo de produção das áreas já exploradas.
Ao prolongar o período de operação viável de um campo, essa prática traz consigo uma série de benefícios tanto para o país quanto para as empresas envolvidas, contribuindo para a segurança energética, o desenvolvimento econômico e a maximização do retorno sobre o investimento.
Continue a leitura e entenda as principais informações sobre o assunto!
Vida útil na engenharia naval
Esse termo refere-se ao período em que uma embarcação pode ser operada de maneira segura e eficiente antes de se tornar obsoleta, tendo como referência o projeto original. No contexto de campos maduros, a vida útil está relacionada ao tempo em que um campo de petróleo ou gás pode continuar produzindo de forma viável, técnica e econômica.
Após a fase inicial de exploração e produção, os campos maduros enfrentam desafios crescentes, como a diminuição da produtividade e o esgotamento dos reservatórios. A ampliação da vida útil busca superar esses desafios, prolongando a produção e otimizando o aproveitamento dos recursos existentes.
Principais desafios
Um dos obstáculos mais relevantes com relação a esse tema é a diminuição da produtividade ao longo do tempo. À medida que um campo amadurece, a pressão dos reservatórios diminui e a quantidade de petróleo ou gás produzido por unidade de tempo reduz.
Além disso, há o esgotamento dos reservatórios, que pode limitar a quantidade total de recursos disponíveis para extração. Outra questão é a necessidade de adotar novas tecnologias e estratégias para aumentar a eficiência e reduzir os custos de produção.
O gerenciamento de riscos ambientais, como vazamentos e impactos negativos na fauna marinha, também é uma preocupação importante nesse processo.
Como se dá a ampliação
A ampliação da vida útil de campos maduros envolve a aplicação de técnicas avançadas de recuperação para maximizar a extração de petróleo ou gás. Entre as principais utilizadas estão:
- injeção de água nos reservatórios para aumentar a pressão e estimular a produção;
- injeção de gás natural ou outros gases para melhorar a recuperação de hidrocarbonetos;
- injeção de produtos químicos para modificar as propriedades dos fluidos no reservatório e melhorar a recuperação;
- perfuração de poços na horizontal, permitindo acessar maior área do reservatório, aumentando a eficiência da produção;
- fraturamento hidráulico, que consiste em injetar fluidos de alta pressão no reservatório para criar fraturas e melhorar a permeabilidade do solo.
Além disso, tecnologias avançadas de monitoramento dos poços e dos reservatórios são aplicadas para acompanhar e otimizar a produção. Isso envolve o uso de sensores, equipamentos de medição e análise de dados em tempo real, permitindo controle mais preciso das operações e a identificação de oportunidades de melhoria.
Campos, plataformas e equipamentos
É importante mencionar a existência de dois tipos de empresas envolvidas nesse processo. Por um lado, temos as grandes operadoras que investem em ativos, como plataformas, para iniciar o desenvolvimento dos campos. Ao final da vida útil desses campos, elas podem optar por vender esses ativos, liberando recursos para novos investimentos em outros projetos.
Essa transição de propriedade dos ativos cria oportunidades para os operadores de “campos maduros“, que adquirem essas estruturas e executam a ampliação. Isso gera um novo ciclo de desenvolvimento, envolvendo uma cadeia de empresas e fornecedores especializados.
Além disso, é importante ressaltar que a extensão da vida útil não se limita apenas ao campo em si, mas também à plataforma e aos equipamentos utilizados. Nesse contexto, a Proper Marine, por exemplo, desempenha papel fundamental ao oferecer soluções e serviços voltados para a viabilização desse objetivo nas estruturas offshore.
Para isso, são adotadas diversas abordagens especializadas, como inspeções regulares, manutenção adequada, modernização tecnológica e gerenciamento de riscos. Essas ações são fundamentais para garantir a segurança, eficiência e produtividade contínua das operações offshore.
Benefícios para o país e para a empresa
Essa prática traz vantagens significativas tanto para o país quanto para as empresas do setor. No âmbito nacional, ela permite a maximização do aproveitamento dos recursos petrolíferos, contribuindo para a segurança energética e a geração de receitas fiscais.
Ao prolongar a vida útil dos campos, o país pode continuar a suprir sua demanda interna de petróleo e gás, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo sua posição como produtor e exportador. Além disso, essa ampliação traz benefícios econômicos significativos, impulsionando o desenvolvimento da indústria nacional e gerando empregos.
Para as empresas do setor de petróleo e gás, possibilita prolongar o retorno sobre o investimento realizado, aumentando a lucratividade e eficiência. Ademais, a utilização da infraestrutura existente, como plataformas e dutos, reduz os custos de exploração em comparação com o desenvolvimento de novos campos.
Conclusão
A ampliação da vida útil de campos maduros representa estratégia fundamental para a indústria de petróleo e gás. Superando desafios técnicos e econômicos, essa prática permite maximizar a produção, aproveitar de forma eficiente os recursos existentes e prolongar a operação viável dos campos.
Ao investir em técnicas avançadas de recuperação e monitoramento, a indústria de petróleo e gás pode garantir aproveitamento sustentável e eficiente dos campos maduros, promovendo um setor energético robusto e competitivo.
Amplie seus conhecimentos: leia também sobre o desenvolvimento de navios e plataformas offshore sustentáveis.
obs.:
Entendo que o texto pode, ainda, comentar dois tipos de empresas: grande operadoras, que investem em ativos (plataformas) novas, iniciam o desenvolvimento dos campos e ao final da vida útil vendem esse ativos liberando recursos para novos investimento; e operadores de “campos maduros”, que compram esses ativos de final de ciclos e executam a ampliação da vida útil, desenvolvendo uma nova cadeia de empresas e fornecedores.
Importante também citar que a extensão de vida útil se dá tanto para o campo (como o texto detalha) quanto para a plataforma e equipamento ( onde a Proper Marine mais atua). Logo, seria importante indicar o texto a “parte 2” deste assunto, onde a abordagem será focada na plataforma, e nas atividades que a Proper Marine executa para viabilizar isso.